Angop 23/10/2021
Lubango – Seis milhões e 800 mil Euros estão a ser usados desde Fevereiro deste ano, num programa de Pesquisa Operativa contra a Desnutrição Crónica Infantil, denominado ”Crescer”, na região Sul.
O objectivo é, em quatro anos, integrar no projecto mulheres gestantes, recém-nascido e menores de cinco anos, em quatro municípios das províncias da Huíla e do Cunene.
Outra finalidade é reduzir a desnutrição crónica e a mortalidade em menores de cinco anos, sobretudo no contexto de Covid-19, por meio de pesquisa operacional.
O projecto é de iniciativa da Fundação Hospital Universitário Valld Hebron-Institut de Recerca (VHIR), em parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade Mandume Ya Ndemofayo, Acción Contra El Hambre, Fundo de Apoio Social (FAS) e o Instituto de Salud Carlos II.
Com o financiamento da componente IV do programa de Fortalecimento da Resiliência e da Segurança Alimentar e Nutricional em Angola (FRESAN), o “Crescer” visa contribuir para a geração de evidências, disseminação e transferência de conhecimentos e de estratégias.
O projecto funcionará em quatro vertentes, nomeadamente o “Fortalecimento Instituciona e Gestão de Informação Multissectorial”, a “Resiliência e Produção Agrícola Familiar”, “Melhoria da Nutrição por Meio de Transferência Sociais com Foco na Educação Nutricional” e “Teste de Acções Sensíveis à Nutrição com boa Relação Custo Benefício”.
Em declarações à ANGOP, à margem da cerimónia de apresentação do projecto, a sua coordenadora, Elena Esteban, fez saber que nesse momento está a ser feito o fortalecimento institucional e gestão de informação multissectorial.
Realçou que o projecto envolve estudantes do ensino superior, sendo 99 do quarto ano de medicina na Huíla e 50 do terceiro de enfermagem do Cunene, que vão juntos dos ADECOS trabalhar em quatro a seis comunas dos municípios da Jamba e Chicomba, na Huíla, e Cuanhama e Cuvelai e Cahama, no Cunene.
Detalhou que estes dois grupos vão intervir em três níveis baseados na figura de ADECOS, traduzidos em comunitário com atendimento padrão, agregado familiar com intervenção de ração familiar e a atribuição de suplementos nutricionais a mulheres grávidas e crianças-alvo.
Fonte: Agência Angola Press